Lucinda camareira
Fernando maurícioEra a moça mais ladina
Mais formosa, mais brejeira
Do café da Marcelina
De maneira graciosa
Sobre um lindo penteado
Trazia sempre uma rosa
Cor de rosa avermelhado
Eu vivi enfeitiçado
Por aquela feiticeira
Que airosamente ligeira
Servia de mesa em mesa
Tinha feições de princesa
A Lucinda camareira
Primando pela brancura
O seu avental de folhos
Realçava-lhe a negrura
Encantadora dos olhos
Nem desgostos nem abrolhos
Sofrera desde menina
Que apesar de libertina
Orgulhosa e perturbante
No velho café cantante
Era a moça mais ladina
Os marialvas em tipóias
Iam da baixa num salto
Ver a mais linda das joias
Ao café do Bairro Alto
A camareira que exalto
De tão singular maneira
Era amada pela cegueira
Que a palavra amor requer
Para mim era a mulher
Mais formosa e mais brejeira
Certa noite de fim d’ano
Em que certo cantador
Cantava ao som do piano
Cantigas feitas de amor
Um cigano alquilador
De têz bronzeada e fina
Por afortunada sina
A Lucinda conquistou
E para sempre a levou
Do café da Marcelina
Mais ouvidas de Fernando maurício
ver todas as músicas- A Igreja de Santo Estêvão
- Um Copo Mais Um Copo
- O Menino Que Não Fui
- O Grande Ausente
- Meu Amor É Nuvem Branca
- Tantos Fados Deu-me a Vida
- Sótão da Amendoeira
- Meia-noite
- Divina do Amor
- Como É Bom Ser Pequenino
- Quando Me Sinto Só
- Enigma
- Boa Noite Solidão
- Terra Irada
- Passos Na Rua
- Vem Comigo
- Escrevi Teu Nome No Vento
- Meu Amor
- Tudo Acabou
- Históriaa de Uma Guitarra