Cuando niñoCuando niño yo tenía
Un ejército de hormigas
Que trepaban por mi mesa
Cuando un pan se hacía miga
Y en un rincón del jardín
A un poeta caracol
Que escribía en primavera
Dos cachitos para el sol
Un ejército de hormigas
Que trepaban por mi mesa
Cuando un pan se hacía miga
Y en un rincón del jardín
A un poeta caracol
Que escribía en primavera
Dos cachitos para el sol
Cuando niño yo tenía
Un chanchito con monedas
Que venían del tesoro
Del pirata barba negra
Sobre la cama un reloj
Con los números cambiados
A la una eran las dos
Y a las cinco eran las cuatro
Cuando niño yo tenía
Un pinocho de madera
El dormía en una caja
Su nariz quedaba afuera
Y dentro de un frasco azul
Un poquito de aire puro
Que recogí junto al mar
Pensando en el futuro
Cuando niño yo tenía
Un chichón en la cabeza
Por andar de rama en rama
Persiguiendo una cereza
Y en el pescuezo una cruz
Hecha de hueso y pitilla
Un amuleto andaluz
Pa' no tener pesadillas
Un lorito en la nariz
Una pelusa en mi ombligo
Todo ese tiempo feliz
Aún lo llevo conmigo
Quando meninoQuando menino, eu tinha
Um exército de formigas
Que subiam na minha mesa
Quando um pão se fazia migalhas
E em um canto do jardim
Um poeta caracol
Que escrevia na primavera
Duas linhas para o sol
Quando menino, eu tinha
Um porquinho com moedas
Que vinham do tesouro
Do pirata barba negra
Sobre a cama um relógio
Com os números trocados
À uma eram as duas
E às cinco eram as quatro
Quando menino, eu tinha
Um Pinóquio de madeira
Ele dormia em uma caixa
Seu nariz ficava de fora
E dentro de um frasco azul
Um pouquinho de ar puro
Que recolhi junto ao mar
Pensando no futuro
Quando menino, eu tinha
Um galo na cabeça
Por andar de galho em galho
Perseguindo uma cereja
E no pescoço uma cruz
Feita de osso e barbante
Um amuleto andaluz
Pra não ter pesadelos
Um ranho no nariz
Uns chumaços no meu umbigo
Todo esse tempo feliz
Ainda o levo comigo
Um exército de formigas
Que subiam na minha mesa
Quando um pão se fazia migalhas
E em um canto do jardim
Um poeta caracol
Que escrevia na primavera
Duas linhas para o sol
Quando menino, eu tinha
Um porquinho com moedas
Que vinham do tesouro
Do pirata barba negra
Sobre a cama um relógio
Com os números trocados
À uma eram as duas
E às cinco eram as quatro
Quando menino, eu tinha
Um Pinóquio de madeira
Ele dormia em uma caixa
Seu nariz ficava de fora
E dentro de um frasco azul
Um pouquinho de ar puro
Que recolhi junto ao mar
Pensando no futuro
Quando menino, eu tinha
Um galo na cabeça
Por andar de galho em galho
Perseguindo uma cereja
E no pescoço uma cruz
Feita de osso e barbante
Um amuleto andaluz
Pra não ter pesadelos
Um ranho no nariz
Uns chumaços no meu umbigo
Todo esse tempo feliz
Ainda o levo comigo
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