Não, não, nunca taque pedras
Nunca taque pedras na caixa de abelhas
Não, não, nunca taque pedras
Nunca taque pedras na caixa de abelhas
Não, não, nunca taque pedras
Textos fracos saiam
Tá na hora, vai, de voltar pra Zion
Resgatar as almas
Sala presidencial tem fardas
Vou contra as vaias por vias aéreas, marinhas, térreas
Por todas as áreas
Falhas rimas, rimas, rimas velhas
Mas nunca rimas bregas
No caminho há várias
Boas novas
Não façam do rap uma bossa nova
Se não, fi, como é que eu vou falar bosta?
Tipo que antes da grana viraram as costas
Que ela foi com o boy e não caiu na nossa
Melhor pergunta e melhor resposta
Eu sei que cê não viu a minha carroça
23:59, já virou mandioca
Ó, ninguém tem religião certa
Por via das dúvidas, sem essa
Real, real, original
Ninguém dorme de janela aberta
Eu sou do tipo que não faz tipo
Então nunca vou ser o seu tipo
Então aceita essa merda
Na terra, só o ódio é recíproco
Tudo arde, tudo é ciclo
Aceita que dói menos
Agora eu fodo ela com o boy vendo
Estou lendo o apanhador e o centeio
Duas coisas que atiram em John Lennon
Fruto do consumo
Marcas vendem fumo, vendem tudo
Vendem alma, compram isso
Roubam a sua sala de estar
Onde você estava?
A vida bate, eu finjo que não arde
Sadomasoquista
Eu deveria estar bem do seu lado
Sei lá, c’est la vie-da
Negaram que eu era o melhor guerreiro
Mentiras sinceras do alto clero
Que aposta num rap pra pôr um dinheiro
Eu nunca vou vender o meu roteiro
Deus do céu, fogo eterno
Que queima esses homens caloteiros
Sua gravadora não faz música
Porque ela só pensa em fazer dinheiro
Quero melhorar meus erros, yo
Só querem me ver de perto, yo
Tô de preto planejando o que falar
Não penso nunca sem falar primeiro
Eu sou o primeiro músico
Que me entende de primeira
Que me entende por inteiro
Preciso falar: Que som maneiro!
Conhecido pelo mundo inteiro
Eu sou rodeado de interesseiro
Mas eu tô inteiro
Se quiser um pedaço, me mata primeiro
Não, eu não me vendo
Tá doendo
Não sei onde, mas tá doendo
Tá calor lá fora, aqui tá chovendo
Daqui poucos meses vão faltar um ano
Último setembro, 25 e meio
Vou partir do nada não vai ter e-mail
Penso em tudo isso e eu te olhava feio
Você sabe que eu sei, você saca bem
Só que tem que é tenso
Você mente bem, tá de parabéns
O que esses cara quer?
Vou no Karatê
Pô, se o cara quer, fez por merecer
Eu matenho a fé, fui na QnG
Eu voltava a pé pelo beco, sei me proteger
Rezo pelos pais e mães porque eu entendo
Olho pra esses cara andando pelo centro
A vida não ajudava, eu ando pelo certo
Podia tá roubando, é foda a adolescência
Ainda se valesse o estrago, pelo menos
A vida às vezes deixa a gente tão doente
Já que não tem documento, toma um lenço
Já que tá no mar de merda, toma um remo
Essa é a verdade, a vida contra o tempo
Vida após a vida até o infinito
Sou o Chico Science vivo em 95
Vendedor de água, flores, pão e circo
Luz que emito diz ruas que evito
No escuro que habito
Página 2505, não me lembro a capítulo
E finjo muito bem que não ligo
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