Pai celestial
Gaúcho da fronteiraPatrão celestial me arrume pousada
Que eu venho sem nada faminto e exausto
Vim de enchente seca do planeta terra
Que agora tá em guerra virou um holocausto...
Me empreste o teu sol quero esquentar uma água
Pra sorver as mágoas chimarreando alpedo
Me dê um arco-íris que eu preciso um pala
E uma nuvem rala pra usar de pelego...
Se tiver cavalo me adelgace um baio
Com a força do raio e a destreza da luz
Me dê duas estrelas pra por nas esporas
Que eu contorno caipora do focinhos as cruz...
Se puder me hospede num quarto de lua
Que estou de alma nua com a dor dos açoites
Perdoe a franqueza em lhe contar um desejo
Que eu quero dar um beijo na boca da noite...
Se aí tem rodeio me convide um dia
Me dê as três marias que é certo o troféu
Vou bolear um futuro pro povo da terra
Sem a seca e sem guerra igual o do céu...
Me dá um ajutório também sou teu filho
Me empreste o tordilho do santo guerreiro
Quero recorrer a tua pampa azulada
E ver se tem pegada pra um índio campeiro.
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