Sampa
Gilberto gil
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e
a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui,
eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia pra mim Rita Lee
a tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e
a Avenida São João
Quando eu te encarei de frente a frente
e não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vi, de
mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio o que
não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é
mesmo velho
Nada do que não era antes quando
não somos mutantes
E foste um difícil começo, afasto
o que não conheço
E quem vem de outro sonho
feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de
realidade
Porque és o avesso do avesso,
do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas
vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando
as estrelas
Eu vejo seguir teus poetas de
campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus
deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas do
mundo do samba
Mais possível novo Quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na
tua garoa
E os novos baianos te podem
curtir numa boa
que só quando cruzo a Ipiranga e
a Avenida São João
é que quando eu cheguei por aqui,
eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda não havia pra mim Rita Lee
a tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
que só quando cruzo a Ipiranga e
a Avenida São João
Quando eu te encarei de frente a frente
e não vi o meu rosto
chamei de mau gosto o que vi, de
mau gosto o mau gosto
É que Narciso acha feio o que
não é espelho
E a mente apavora o que ainda não é
mesmo velho
Nada do que não era antes quando
não somos mutantes
E foste um difícil começo, afasto
o que não conheço
E quem vem de outro sonho
feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de
realidade
Porque és o avesso do avesso,
do avesso do avesso
Do povo oprimido nas filas, nas
vilas, favelas
Da força da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe apagando
as estrelas
Eu vejo seguir teus poetas de
campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus
deuses da chuva
Panaméricas de Áfricas utópicas do
mundo do samba
Mais possível novo Quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na
tua garoa
E os novos baianos te podem
curtir numa boa
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