Do outro lado da estrada
Gildo de freitasTem um rancho de capim barreado
E do lado de cá da estrada
Os meus pais era localizado
Eu vivi ali com meus pais
Pra cumprir o meu dever sagrado
Eu plantava, eu mesmo colhia
Olhando a guria lá do outro lado
Era a moça mais linda de lá
Todo mundo em peso dizia
Eu de cá acenava pra ela
E de lá ela correspondia
Uma cerca, uma estrada no meio
Era só o que nos dividia
Mas o medo malvado tirano
Conservou nós assim por dois anos
Sem eu nunca falar com a guria
E um moço criado em cidade
De capricho e bem estudioso
Foi um dia passear na capela
E no rancho o moço fez pouso
Em conversa gostou da menina
Com certeza por ser carinhoso
Sem temer de haver qualquer coisa
Hoje a moça é do moço a esposa
E o moço é da moça o esposo
Hoje em dia meus pais já morreram
Vivo eu sem ter um carinho
E do outro lado da estrada
Só existe um casal de velhinho
Todos os dias quando eu me alevanto
Sempre eu olho pra aquele ranchinho
Reconheço que fui um covarde
Me arrependo, mas é muito tarde
E o medroso termina sozinho
Reconheço que fui um covarde
Me arrependo, mas é muito tarde
E o medroso termina sozinho
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