Gonzaguinha

Da maior liberdade

Gonzaguinha
Já não basta esse dia após dia
Que é um peso constante sobre as costas da gente
Nesse tempo doente à solta nas ruas
Colocando nas faces esse ar descontente
Já não basta a descrença e a desconfiança
Acabando com nossa esperança de felicidade
Já não basta a pressão dessa falsa moral
Encobrindo os atos de imoralidade

Ah, por favor, meu menino
Não venha também me prender a cabeça, as pernas e braços
Eu te amo e este amor eu declaro e grito e proclamo
De peito bem limpo, de peito lavado
Não preciso provar, pois sei bem o que sou
E tintim por tintim dos meus traços e passos
Eu cansei dessas velhas promessas
Dessas velhas palavras e cansados ditados

Já não basta esta coisa rolando aí fora
Nos castrando com garras e dentes
Nos forçando a viver tão somente de meias verdades
O importante é que o nosso coração sinta, através do respeito
O que é ser, profundamente, uma pessoa da maior liberdade

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