Menino da porteira
Inezita barroso
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava a figura de um menino
Que corria, abria a porteira, depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava, e a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando
Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando
Praquele sertão afora meu berrante ia tocando
Nos caminhos dessa vida muito espinho eu encontrei
Mas nenhum calor mais fundo do que esse que eu passei
Na minha viagem de vorta quarquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada, o menino não avistei
Apeei o meu cavalo num ranchinho beira-chão
Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração
Lá das bandas de Ouro Fino levando o gado selvagem
Quando passo na porteira inda vejo sua imagem
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro desejando boa viagem
A cruzinha do estradão do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento que não me esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão, berrante eu não toco mais
De longe eu avistava a figura de um menino
Que corria, abria a porteira, depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava, e a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando
Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando
Praquele sertão afora meu berrante ia tocando
Nos caminhos dessa vida muito espinho eu encontrei
Mas nenhum calor mais fundo do que esse que eu passei
Na minha viagem de vorta quarquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada, o menino não avistei
Apeei o meu cavalo num ranchinho beira-chão
Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração
Lá das bandas de Ouro Fino levando o gado selvagem
Quando passo na porteira inda vejo sua imagem
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro desejando boa viagem
A cruzinha do estradão do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento que não me esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás
Nesse pedaço de chão, berrante eu não toco mais
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