Espectro
Inocentes
Desperto e já me disperço
de sonho ruim que sempre incomoda
E a mim mesmo prometo que não serei mais o mesmo
e que hoje vou mudar
Na rua disparo passos
sempre apressados vou cruzando espectros
que já se esqueceram do que prometeram
ao despertar no coletivo lotado
de buzinas mudos onde o silêncio grita
Sigo sempre perseguido
Pelos semaforos que no encarnado dos olhos
Esbugalhados estão sempre
e me observar
Morto eu estou morto
e não percebo, atormentado,
que morrí às pressas quando saí de casa
alguém há de notar
de sonho ruim que sempre incomoda
E a mim mesmo prometo que não serei mais o mesmo
e que hoje vou mudar
Na rua disparo passos
sempre apressados vou cruzando espectros
que já se esqueceram do que prometeram
ao despertar no coletivo lotado
de buzinas mudos onde o silêncio grita
Sigo sempre perseguido
Pelos semaforos que no encarnado dos olhos
Esbugalhados estão sempre
e me observar
Morto eu estou morto
e não percebo, atormentado,
que morrí às pressas quando saí de casa
alguém há de notar
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