O azar do ladrão
Jacó e jacozinhoComprar um sítio pretendia
Trabalho de quinze anos
Na maior economia
Conseguiu cinquenta contos
Que uma fortuna valia
Botou no bolso da calça
Pra viajar no outro dia
Arreou a sua besta
E de viagem seguia
Viajou o dia inteiro
Quando a tardinha morria
Viu um rancho de sapé
No meio das camparia
Bateu pra pedir um pouso
Na porta um homem atendia
Naquele rancho morava
Um casal e uma filha
Fizeram um fogo na sala
Porque a noite estava fria
Em conversa ele contou
Em que destino ele ia
Vou indo comprar um sítio
Pra dar conforto a família
O homem lhe aconselhou
Ir sozinho não devia
Se quiser eu irei junto
Se puder pagar o meu dia
Seu Benedito aceitou
O homem por companhia
Pensando que aquele homem
Tudo por lá conhecia
Caminharam meia hora
O tal homem lhe agredia
Pois o revólver no peito
E o dinheiro ele queria
Para não perder a vida
Seu Benedito aderia
Entregando lhe o pacote
Que no bolso ele trazia
Vendo aquele terno novo
O ladrão não resistia
A sua roupa tão velha
Que mal o corpo cobria
Trocaram as roupas depressa
Antes que alguém aparecia
O ladrão voltou pra trás
Seu Benedito seguia
Na calça velha o dinheiro
O tal ladrão esquecia
Pois é meu amigo
Quem muito quer nada tem