Tempo de pedra
Joanna
Ao revés do tempo
Não há lenço
Não há gesto no que eu penso
Existe um branco no meu coração
Não sei se a vida traça os meus atalhos
Ou se alonga o sofrimento
Na mudez dos olhos, esse brilho
Lua imersa nesse rio
Mais violento que uma paixão
Se ao invés dessa ausência
Me sobrasse a fé no amor
Eu jamais seria essa pedra que eu sou
Não há lenço
Não há gesto no que eu penso
Existe um branco no meu coração
Não sei se a vida traça os meus atalhos
Ou se alonga o sofrimento
Na mudez dos olhos, esse brilho
Lua imersa nesse rio
Mais violento que uma paixão
Se ao invés dessa ausência
Me sobrasse a fé no amor
Eu jamais seria essa pedra que eu sou
Na nudez dos barcos há regresso
Há certeza no que eu peço
E um louco exílio no meu coração
Se houvesse a calmaria
Ou se rompesse em pranto o mar
Eu ainda seria esse porto
Pra te aguardar
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