João bosco

Natureza viva

João bosco
As manhãs, hortelãs, avelãs,
as hortênsias, maçãs.
São essas garças comparsas,
sinais de fumaça desse olhar?
Arlequins, pierrôs, querubins,
artifícios, romãs.
São esses cisnes intrigas,
ciúmes, disfarces desse andar?

Seios, suspiros e pêras
a boca mordeu.
E pêssegos, pernas, anseios,
a mão percorreu.
Ventre de vozes velozes
o verso lambeu.
E costas, colinas e dunas
o olhar se perdeu.
Ouro e prata, maçãs,
sapotis e romãs
são colhidas nos pés.
As espadas, carlotas e rosas
são sugadas nas mãos.

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