João pedro pais

Puro acaso

João pedro pais
Olha que o acaso anda à espreita
Juro que o vi,
Olha que a sombra nele se deita
Por trás de mim, por trás de ti

Tatua todo o teu corpo escondido
Disfarça todo o teu corpo esquecido
Por sobre nós, oiço uma voz

Pode uma palavra calar e o medo afastar
Todo um momento
A frase fica no ar, e um gesto arrasar, num fracção de tempo

Olha que a noite é vaga e louca
Que nos destrói e não nos poupa...
Sinto que o silêncio nos sufoca
Nos embaraça e nos provoca...

Abraça bem de frente todo este céu
Que nos envolve num repente tudo o que é meu
Tudo o que é teu

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