La invernada hornero
José claudio machado
Vem da invernada dos tempos rasgando olheiras de sol
As patas cortam os ventos, no sangue um velho arrebol
Assim chegou no Rio Grande para o gaúcho saudá-lo
Desde então, por onde ande, Hornero é o rei dos cavalos
As patas cortam os ventos, no sangue um velho arrebol
Assim chegou no Rio Grande para o gaúcho saudá-lo
Desde então, por onde ande, Hornero é o rei dos cavalos
Imprime à estirpe essa imagem, sua função sem igual
Morfologia e coragem numa fusão ideal
Surgem campeões para o freio em dinastias de irmãos
Arunco, nobre, faceiro, olvido, inteiro e brasão
Tantos mais nesse entreveiro e outros que ainda serão
(E, assim, La Invernada Hornero morreu, ficando em seu clã
Segue a correr nos potreiros das gerações do amanhã
Deixem que a lua entordilhe lá nas lonjuras do azul
Ficou um pouco do Chile nessas manadas do sul)
O pago inteiro padece, faz-se um silêncio de galos
Qualquer gaúcho entristece quando se vai seu cavalo
Meu coração bateu asas pra se esconder na poesia
E um João-Barreiro fez casa numa cocheira vazia
Quando um BT se aproxima, com sua marca no couro
Eu vejo Hornero por cima da sua prole de ouro
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!