Jovens primatas

Sincero

Jovens primatas
Preso ao limite da imensidão
Mas uma nova versão de uma história repetente
Jogando os dados um trago no cigarro
Tenho tantas novas mentiras para contar
Mas tento não te machucar

E se algum dia alguém te perguntar como é sentir
Não vá mentir ou pedir pra refletir
Cuidado como vai reagir
Não vá iludir ou compartir
Não por mim, por mim

Sentado na escada te esperando
E uma menina chorando me perguntou
Porque foi que acabou?
E então eu me pergunto se algum dia alguém te amou
Como eu

Preso á essa lástima matinal
Bebendo em pequenos goles minha agonia
Saudades de ter o que eu nunca tive
E quiça não terei um dia

Palavras curtas de um homem velho
Eu abraço o acaso tão sincero
Eu rezo um poema de compasso
E descaso porque eu te quero

Milhares de musicas sujas que aliviam a dor
Parece que não adianta mais lutar por esse amor
Cansado, derrotado, quase desistindo
Mas eu penso em ti outra vez
E não saio desse maldito labirinto

Injetei solidão em minhas veias
Me arrastando por uma semana inteira
E você ainda nem voltou
Nem ao menos pra dizer que acabou

E se algum dia alguém te perguntar como é sentir
Não vá mentir ou pedir pra refletir
Cuidado como vai reagir
Não vá iludir ou compartir
Não por mim, por mim

Palavras curtas de um homem velho
Eu abraço o acaso tão sincero
Eu rezo um poema de compasso
E descaso porque eu te quero

O vento balança em minhas janelas
E a história bagunça nossas curtas conversas
Eu me me acho na perdição
Nessa calmaria agitada
Até quando chegar a hora do descansar absoluto

O que será que os pássaros pensam?
O que sera que os peixes cultivam?
O que as arvores falam?
O que as flores celebram?

Peço desculpas pelos meus vícios
Perdi tempo encontrando ilusões
Estou pagando o preço pelos planos
Enquanto somo os ganhos no jogo da vida

E quem irá ouvir você falar, contar suas mentiras
E quem irá te ver andar sem pensar
Em que rumo e proporção tomará nossas vidas
Então não me deixe sintonizar em outro canal

E quem por ti irá mudar
Esperar á noite e te provocar
E chegar antes da meia noite
Sem lutar eu vou te buscar para amar

E quem te levará pra passear
Por outro nome não vá chamar
Nem procurar procurar um outro alguém para se lamentar
Vou sussurrar palavras selvagens em seu ouvido
Para outra vez te salvar

E se algum dia alguém te perguntar como é sentir
Não vá mentir ou pedir pra refletir
Cuidado como vai reagir
Não vá iludir ou compartir
Não por mim, por mim

Palavras curtas de um homem velho
Eu abraço o acaso tão sincero
Eu rezo um poema de compasso
E descaso porque eu te quero

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