No sítio monte alegre
Juninho caipiraMeus olhos se emocionaram ver tantas coisas bonitas
Aquelas verdes pastagens, só quem viu, que acredita
A boiada sossegada, livremente, ali transita
Lembrando daquele dia, o meu coração palpita
Naquele rancho sem luxo, eu fiz acomodação
À noite, lá na varanda, pegou fogo no carvão
Um churrasco caprichado, carne boa de montão
Cachaça, whisky e cerveja, começou a diversão
Cantamos a noite inteira, no compasso do violão
Um grande amigo meu, que é o proprietário
Ele é campeão de laço e também, bom empresário
Tem coleção de troféus, guardadinha no armário
É homem que eu considero, que jamais foge do páreo
Na vitória ou na derrota, cumprimento o adversário
Lá no alto da colina, a grande pista do laço
Onde se faz treinamentos pra acabar com o embaraço
O que um laçador precisa, encontra naquele espaço
É só soltar o garrote e ter firmeza no braço
E mostrar para os amigos que manda nesse pedaço
O lugar é abençoado, foi Deus quem fez o favor
Animais são protegidos, lá não entra caçador
O sangue não mancha o verde, os bichos, têm seu valor
As portas estão abertas, se você, um dia for
É lá que reina a alegria, também a paz e o amor.