Noite de luar / dona da casa, eu vim aqui (incidental)
Jussara silveira
Noites de luar no Morro da Maianga
Anda no ar uma canção de roda:
"Banana podre não tem fortuna
Fru-tá-tá, fru-tá-tá...
Entra aqui sai ali...
Fru-tá-tá, fru-tá-tá"
Anda no ar uma canção de roda:
"Banana podre não tem fortuna
Fru-tá-tá, fru-tá-tá...
Entra aqui sai ali...
Fru-tá-tá, fru-tá-tá"
Moças namorando e nos quintais de madeira
Velhas falando conversas antigas
Sentadas na esteira
Homens embebedando-se nas tabernas
E os emigrados das ilhas
- Os emigrados das ilhas
Com o sal do mar nos cabelos
Os emigrados das ilhas
Que falam de bruxedos e sereias
E tocam violão
E puxam facas nas brigas
Ó ingenuidade de histórias infantis
Ó namoro de moças sem cuidado
Ó histórias de velhas
Ó mistérios dos homens
Proletários esquecendo-se nas tascas
E os sons do violão
E os cânticos da missão
Os homens
Os homens
Os homens
As tragédias dos homens
Dona da casa me dá licença
Me dê seu salão para vadiar
Eu vim aqui foi pra vadiar
Eu vim aqui foi pra vadiar
Vadeia vadeia vadeia
Eu vi a pomba na areia
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