Justiça divina
Leide e lauraDo porto paranaguá
Um navio primeira classe
De luxo particular
Era mesmo um paraíso
Flutuando sobre o mar
Levando gente da elite
A paris pra passear
Pra contar a história exata
A ordem dos magnatas
Preto não podia entrar.
O preconceito era tamanho
Ninguém quis se conformar
Ao encontrar no navio
Uma preta a rezar
Se ela quer ir a frança
Vai ter muito que nadar
Pela sua ousadia
Com a vida vai pagar
Sem nenhuma compaixão
A elite e o capitão
Jogaram ela no mar.
Mas a justiça divina
Também faz seu julgamento
E meia hora depois
Daquele acontecimento
Desabou uma tromba d’água
Com tempestade de vento
E o mar que estava calmo
Começou ficar violento
Ali começava o drama
E o passeio dos bacanas
Se transformou num tormento
A tempestade era forte
Parecia um furacão
Todos gritavam socorro
Implorando salvação
De repente uma luz
Apareceu na escuridão
E o navio seguiu a luz
Sem nenhuma explicação
Numa ilha abandonada
O navio fez a parada
Salvando a embarcação.
Quando o dia foi clareando
Naquela ilha perdida
Viram que na ilha tinha
Uma capela construída
Lá foram todos rezar
Pela graça recebida
Quando entraram na capela
Sob uma luz colorida
No altar toda molhada
Estava a imagem sagrada
Da senhora aparecida.
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