O filho do ladrão
Léo canhoto e robertinhoTriste chorava por ver tanta ingratidão
Quando o juiz mandou a ordem em sua casa
Para prender o seu papai do coração
Dos seus olhinhos tristes lágrimas caíram
Seu papaizinho iria agora pra prisão
Triste batia seu pobre coraçãozinho
Ao separar-se do seu pai de estimação
No outro dia quando ele foi pra escola
Seus amiguinhos não lhe davam atenção
Ninguém brincava com o pobre coitadinho
Todos diziam que era filho de um ladrão
Os seus olhinhos sempre molhados de pranto
Da vida dura desta amarga traição
Passava fome ao lado da sua mãezinha
Que trabalhava pra poder ganhar o pão
Um certo dia pra aumentar seu sofrimento
Sua mãezinha não pode mais trabalhar
Caiu de cama na pobreza em que vivia
Sem ter ninguém que os quisessem amparar
Porém um dia aquele pobre inocente
Entrou na igreja e começou a reclamar
Ajoelhou aos pés de Deus crucificado
E desse jeito começou a conversar
declamado:
( Senhor, aqui estou eu ajoelhado
Me desculpe se é pecado mas eu vim pra lhe falar
Olha, meu papaizinho está tão ausente
E minha mãezinha está doente sem poder sem levantar
Senhor, agora eu vou me arretirando
Minha mãezinha está me esperando, ao lado dela eu preciso ir
Me desculpe seu entrei aqui na igrejinha
Com minha roupa rasgadinha, é que eu não tinha outra nova pra vestir
Eu vim pedir para curar minha mãezinha
É ela que lava minha roupinha e trabalha pra me tratar
Se ela morrer eu vou viver não sei aonde
Por isso quero que o Senhor me responde se vai mesmo me ajudar)
Naquele instante tristes lágrimas caiam
Pelo rostinho daquela pobre criança
Quando uma voz disse pra ele:
- Meu filhinho, creia em mim, eu sou a única esperança
Pode ir pra casa junto da sua mãezinha
Lembra de mim e pode ficar sossegado
Por que aqueles que chamam pelo meu nome
Eu estarei eternamente a seu lado
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