Balconero
Leonel gomezGolpeando um trago de canha
Foi quando mirei a sanha
Que largou o bolicheiro
Pois chegava outro matrero
Em frente ao rancho quinchado
Adónde atei meu bragado
Num garupá palanqueiro
Cuê-pucha que traicionera
A sorte que se despiona
Floreou uns baixos a cordeona
Num tranco firme de touro
Já prenunciando o estouro
Quando o índio entrou na sala
De chilena, adaga e pala
Semblante de gavião mouro
Pero fijense senhores
As voltas que dá o pago
E o quanto retorna amargo
O mal que se faz na vida
Andava dobrando a lida
Buscando plata pra o rancho
Quando lá bateu um carancho
Roubando pilcha e comida
E não é que na boca da noite
Num bolichito fronteiro
Me topei com meu sombrero
Passeando n'outra cabeça
Por incrível que pareça
Andava junto minha rastra
E neste caso me basta
Pra julgar e dar a sentença
-Buenas noite, pilcha nova!
Saludei o mala branca
Que já manoteou na anca
E se parou pra um costado
Eu vim mal intencionado
Depois que prendi o berro
Saímos trançando o ferro
Num compassito chairado
De vereda a polvadeira
Levantou do chão de saibro
Foi quando bombeei o caibro
Donde alumbrava o candieiro
Levei o pala primeiro
E cerrou a escuridão
Só se ouvia a de botão
Florear das mãos do gaiteiro
Se via o clarão da lua
E um vulto cruzando a porta
E o demás que más importa
Me desparou o matreiro
Mas esqueceu do sombrero
E da rastra no costado
Donde tava meu bragado
Num garupá palanqueiro
Mais ouvidas de Leonel gomez
ver todas as músicas- Recorrendo
- Final De Seca
- Florão de Chinoca
- A Don Ávila e Seu Tobiano
- Pra ti, Xirua - Pra ti Guria
- Fronteiro de Alma e Pampa
- El Bocal
- Lechiguana
- Noche Buena de Los Toros
- Manuelito Montaraz
- De Ponta Á Ponta
- Povoado
- Descarnado
- Pela Estrada
- Alvorotada
- Feras
- Buçal Na Cara
- Não Estava pra Peleia
- No Coração de Três Puente
- Morena, Morena