Liu e léu

O milagre da bíblia

Liu e léu
Num pequeno armazém
Na beira de uma estrada
Vivia um pobre velho
Sem ganhar quase nada
Sentindo o peso dos anos
E a morte se aproximar
Chamou seu único filho
Para com ele falar.

Meu filho eu vou morrer
Minha hora está chegada
Nada tenho pra deixar
Da minha vida cansada
Somente esta escritura santa
Que sempre trouxe guardada
Que deixarei como herança
A minha bíblia sagrada

Seu filho que era ateu
Achou que pouco valia
Aquela bíblia sagrada
Não lhe dava serventia
Quando um freguês chegava
No balcão ele atendia
Rasgando as folhas da bíblia
Pra embrulhar mercadoria

Certo dia um freguês
Vendo o que acontecia
Chamou atenção do rapaz
Pela cena que fazia
Amigo não faça isso
Deixa dessa covardia
Respeite a bíblia sagrada
Esse livro é o nosso guia

Hora essa, para mim essa bíblia
Não tem valor algum
A não ser pra embrulhar mercadorias
Em suas folhas aqui no balcão
E afinal de contas a bíblia é minha
E o senhor não tem nada com isso
Eu faço dela o que eu quiser está certo?

Meu amigo, o senhor ignora
Que este livro é a escritura sagrada
Onde estão os ensinamentos de Deus?
Que todos devem seguir? É a bíblia santa
Que Deus deixou para humanidade
Onde encontramos a fé, a esperança
O caminho da verdade, e você fica rasgando
Suas folhas sem nenhuma necessidade?
Um homem que não reconhecem
As palavras santas da bíblia deve morrer
Sem piedade alguma. por isso aqui está
Minha arma e vou lhe matar
Defenda-se!

Quando o rapaz viu a arma
Vendo que ia morrer
Pegou a bíblia e pôs no peito
Para o corpo proteger
A bala entrou na bíblia
Sem nada lhe ofender
Então que reconheceu
O livro santo e o seu poder

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