Milagres simples
Luis antunesO sussurrar de um vento que uma papoila estremece
Uma manhã, um andar, um amigo no olhar
A luz do tempo convida e uma outra logo desmente
Amigos, o mar e a vida num brilhar que cá dentro se sente
Uma viagem que se vive, um riso que sobrevive
Soletrar, repartir e preencher, momentos de predilecção
Motivos de um bem querer numa onda de afeição
Uma manhã, um andar, uma viagem que se vive
Ensejo, sentimento forte
Silhuetas que se desenham na areia
Qual trevo que dizem dar sorte
Entre ervas daninhas sem teia
Uma manhã, um andar, um riso que sobrevive
Amar, sentir prazer, desejos de ser assim
Tonalidades que em mim sei ver, orgulhos e outros enfim
Um amigo no olhar, uma aragem que um dia eu tive
Ref. Um barco que oscila e dorme
Num mar que em breve se cansa
Um mergulhar que em mim se consome
Um barco que oscila e dorme
Num mar que em breve se cansa
Um voar que parece uma dança
Uma manhã, um andar, um amigo a navegar
Do final se faz o seguinte, da partilha os laços
Um postal para um longínquo ouvinte
Um selo que me guia os passos
Um amigo a navegar, uma viagem … que se vive