No quilombo a negra cafuza

Contam que nas Alagoas
No tempo da escravidão
Todo negro que fugia
Da terrível tirania
Do senhor e do feitor
Se não iam pros palmares
Ganga zumba procurar
Iam pra negra cafuza
Uma escrava que era musa
De um quilombo na beira do mar

Quilombo, quilombo
Quilombo da negra cafuza
Quilombo

E de noite nas senzalas
Até quase de manhã
Entoavam o seu cantar
Que era um jeito de implorar
A sua deusa nanã
Liberdade! Liberdade!
Repetindo a oração
E no fim de sua fé
Os negros diziam axé
E cantavam um refrão
Que era assim

Quilombo, quilombo
Quilombo da negra cafuza
Quilombo