O rio
Luiz ayrãoEntre pedras e sertões
Minha beira sempre moram as cidades
Bosques, tantas plantações
Sou um rio que viaja como que
Irrigante sedutor
Quando vem alguém me bebe com prazer
Fico cheio de amor
Mas existem outros
Que são cara-de-pau
Pois me envenenam
Aí eu passo mal
Mas a natureza
Me filtra, me limpa
Eu volto a brotar nas grimpas
Minhas águas vão rolando por aí
Entre pedras e sertões
Minha beira sempre moram as cidades
Bosques, tantas plantações
Sou um rio de viver situações
Como ser subterrâneo
Posso estar no poço, nas evaporações
Ou até mesmo num cano
Minha fauna inteira
Vive tão feliz
Pela cachoeira
Eu formo matiz
Vou de correnteza
Procurando o mar
Onde posso repousar
Minhas águas vão rolando por aí
Entre pedras e sertões
Minha beira sempre moram as cidades
Bosques, tantas plantações
Sou um rio que viaja como que
Irrigante sedutor
Quando vem alguém me bebe com prazer
Fico cheio de amor
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