Seis e dez
Luiz ayrãoA cidade vai se aproximando
Vejo as primeiras chaminés
Manhãzinha, seis e dez
Seis e dez
Por essa hora quando a noite começava
Eu chegava com amor pra lhe falar
Pra que lembrar?
Se hoje, muitas milhas viajei
Se tanto, tanto chão atrás deixei
E tenho muito mais de mil razões
Para deixar também as recordações
Pelas margens da estrada
Passo o verde da esperança
Como se a cor dos olhos dela
Se espalhassem pelos campos em bonança
Mas pra que lembrar?
Jurei que estando assim
Tão longe dela
Nunca mais, nunca mais pensava nela
Nessa cidade tudo vai ser diferente
Vou recomeçar a vida, vou ser gente
Mas gente pra ser gente tem que amar
E como é que posso amar novamente?
Nessa cidade em que eu chego ao nascer do Sol
Vejo o povo qur desperta em cada canto
Vejo a moça que vem vindo num vestido lindo
Como aquele que ela usava e que eu gostava tanto
Vejo a praça, como a nossa
Tudo lembra, tudo diz
Pra esquecer grande saudades
É pequeno este país
Ao retorno, lá na frente
Vou voltar pro meu revés
Se eu correr talvez eu chegue
Se eu correr talvez eu chegue
Se eu correr talvez eu chegue
Lá pela seis e dez
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