Veneno de escorpião
Luiz de castro
Foi só uma lâmpada fraca no canto da sala, acender
Que o cara com cara bonita, falando bonito, brilhou
A turma com medo de escuro, no canto da sala, sorriu
O cara com a cara bonita ajeitou a gravata e mentiu
Que o cara com cara bonita, falando bonito, brilhou
A turma com medo de escuro, no canto da sala, sorriu
O cara com a cara bonita ajeitou a gravata e mentiu
Eu não entrei...
A turma do canto da sala ficou empolgada e vibrou
Caiu na gandaia de felicidade, era o tal salvador
O cara passou maquiagem na cara, inventou muito mais
A turma virou tantas turmas que toda cidade entrou
Eu não entrei...
E toda cidade me olhou com maldade, me abandonou
Foi me deixando de lado na sala do lado, humilhou
O cara com cara de santo me olhou cara a cara e pediu
Que eu me levantasse, que eu me disfarçasse,
Insistiu... insistiu
Eu não entrei...
O cara com cara de santo tirou o seu manto,
Exibiu a cauda com ponta brotada, excitada, veneno mortal
Todo mundo acuado, o ferrão afiado, era tarde demais
De repente silêncio... silêncio... silêncio... silêncio final
Eu não entrei...
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