Luiz fidelis

Lamento de um povo

Luiz fidelis
Sou povo, sou pó, sou poeira
Sou moleque sujo, quero trabalhar
Viver uma vida rotineira
Trabalhar cantanto, que é pra disfarçar
A luta e o desespero
Pra ganhar dinheiro
Pra me sustentar

O sacrifício me destrói
O meu salário dói
Quando vou receber?
Mil contas estão me esperando
A mulher reclamando
E o que vou fazer?
Encher a cara de cachaça
Ou arrombar vidraças
Pra sobreviver

Dinheiro é desperdiçado
Em projetos inúteis sem explicações
Em vez de fabricar remédios
Pra matar o vírus e a poluição
Passar de 3 por cento
E colocar 200 na educação

O sacrifício me destrói
O meu salário dói
Quando vou receber?
Mil contas estão me esperando
A mulher reclamando
E o que vou fazer?
Encher a cara de cachaça
Ou arrombar vidraças
Pra sobreviver

Encher a cara de cachaça
Ou arrombar vidraças
Pra sobreviver

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