Álamo
Lupe de lupeDeu de ombro pras razões
Rezou o terço, foi ao berço renascer
Argumentou desilusões
Comprou cimento, moldou vento, bateu chão
Levantou decepções
Matou o dia, alegria, água e pão
Comunhou com os peões
Fugiu de todas suas projeções
E rogou alto, mas bem alto pra ouvir
Sua voz nas multidões
Que distraídas, mal ouvidas
Não serviu pra ser palco de questões
Que valem nada, quase nada
Tão vazio, foi o tempo dos sermões
De pele rija, vestiu brisa, passou frio
E foi contar os corações
Sorriu e pois os dentes pra brilhar
Curtiu cachaça no ribeirão
Anil, vermelho, roxo, alto mar
Partiu-se em um bordão
Sumiu de novo, fez de louco e bebeu
Deu de ombro pras moções
Rezou o terço, foi ao berço e renasceu
Justificando suas ações
Comprou cimento, moldou vento, se bateu
Demoliu conspirações
Matou o dia, a ventania o recebeu
Comungou com os peões
Rogando alto, mas bem alto pra ouvir
Sua voz nas multidões
Que distraídas, mal ouvidas não serviram
Pra ser palco de questões
Que valem nada, quase nada
Tão vazio, foi o tempo dos sermões
De pele rija, vestiu brisa, passou frio
E foi cortar os corações
Sorriu e pois os dentes pra brilhar
Curtiu cachaça no ribeirão
Anil, vermelho, roxo, alto mar
Partiu-se em um bordão
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