Maciel salu

Sombra do cruzeiro

Maciel salu
Na sombra do cruzeiro
Aonde os maracatus se encontravam
No terreiro das Bringa
Onde as bandeiras cruzavam

O caboclo João de Monica
Seu chocalho quando batia
De longe o povo ouvia
Era sinal de chegada
No balançar da guiada
A poeira quando subia
O mestre cantava e dizia
Bati terno malcriado
Cravo branco de olhos espelhados
Rosto pintado de zarcão
Fazia sua oração
Se invurtava e ninguém via

Zé Falcão e Zé de Rosa
Os formados de Nazaré
Baracho e Santa Fé
Do leão Áz de ouro
Não aceitava desaforo
Em duelo na sambada
Cambininha de Araçoiaba
Do mestre mané Tapiré
Sabia o rojão que é
Com o apito cantando samba
Homem vestido de baiana
Se trajando de mulher

O mestre se preparava
Com sua bengala na mão
Cantava martelo, infincão
Siriano e Mané Bagadú
Severino Pacarú
Mané Loreano e Zé Liberato
Cobrinha, peito de aço
Zé bolo com Aprígio Gabriel
Zé Birro cumpria seu papel
Todos heróis da sambada
Quando saia de casa
Voltava horando seu chapéu

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!