Maldita

Estranhos em uma terra estranha

Maldita
A entrega de ontem não passou nem perto do objeto
Ela chorou, chorou a noite inteira
Eu detesto
Toda a vez que eu espero
Os seus dedos estão tremendo sobre copo de veneno
Que o mundo esquenta e a gente esquece
Que nada mais nos pertence

Só um sonho
Foi só um sonho

Eu quero beijar o feto no útero materno, ou quem sabe
Tomar um chá de cogumelo
Lamber a escama do sapo, para me conectar com o inferno
Aquele que fica perdido na noite escura, apaga e não lembra de nada
Agora é um sapo com a boca costurada
Chorou a noite inteira, com seus olhos castanhos
Estranhos em mundo estranho

Só um sonho
Foi só um sonho

E eu sonhei que eu era o Jason, me afogando ali no lago
Com uma garrafa de Montila, um pó de dez e um baseado
Então me queime com as guimbas, reduza o meu desejo ao pó
Esse é um mundo estranho, esse é um mundo estranho
E eu não sei se eu quero viver

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