Maldita

O estrangeiro

Maldita
Eu nunca fui sincero, nem quando eu menti
Eu nunca pedi nada, nem quando insisti
Eu nunca tive um corpo, ou um rosto verdadeiro
Eu não falo a sua linguá, eu sou o estrangeiro

Me disseram, que esse era o lugar
Onde eu iria encontrar
As respostas para as perguntas
Incomensuráveis

Eu nunca vi a luz, até me fechar na escuridão
Eu nunca fui ruim, até ouvir meu coração

O vidro entra pelo para-brisas
E a poluição química, da cidade
Me faz pensar que todos vamos morrer um dia

Eu nunca vi o mar, até eu me mudar
Eu vou arrancar
As raízes da sua alma
Eu sou um estrangeiro

Me disseram que era o paraíso
O melhor lugar da terra
Para mim é tudo a mesma merda
Eu não me apego a nada

Nunca vi uma semente, que não tenta germinar
Nunca vi alguém perdido que não quer se encontrar

Insone e sem dormir a vários dias
Eu pego a estrada
Acelerando em queda livre, o mundo acaba
Como as estrelas perdidas

Eu nunca vi o mar, até eu me mudar
Eu vou arrancar
As raízes da sua alma
Eu sou um estrangeiro

Eu me entrego ao céu, e ao inferno
Esse paradoxo
Entre o corpo e a alma

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!