AniversariEls llums s'han apagat, han tret el pastís
Aplaudien els pares, els tiets I els amics
Tots alhora, agrupats en un únic crit
Que demani un desig, que demani un desig
I tu, nerviosa, com sempre que et toca ser el centre d'atenció
Has fixat els ulls en un punt imprecís del menjador
Un segon, dos segons, tres segons, quatre I cinc
Els teus ulls cavalcaven buscant un desig
Les espelmes cremaven I alguns dels amics
T'enfocaven amb càmeres de retratar
Una veu comentava: ai, que guapa està
I jo, en el fons, m'acabava el culet de la copa decidit
A trobar un raconet adequat per fer-me petit, petit
Del tamany d'una mosca, del tamany d'un mosquit
Per un cop empetitit, sota els tamborets
I la taula allargada pels dos cavallets
Fer-me pas amb prudència per un entramat
De sabates d'hivern, de confeti aixafat
I esprintar maleint la llargada dels meus nous passets
I amagar-me entre un tap de suro I la paret
Just a temps que no em mengi el collons de gatet
I escalar les sanefes del teu vestit
I falcar el peu esquerre en un descosit
I arribar-te a l'espatlla I seure en un botó
I agafar un pelet d'aire I, amb un saltiró
Enganxar-te un cabell I impulsar-me en un últim salt final
I accedir al teu desig travessant la paret del llagrimal
Ara un peu! Ara un braç! Ara el tors! Ara el cap!
Aplaudien els pares, els tiets I els amics
Tots alhora, agrupats en un únic crit
Que demani un desig, que demani un desig
I tu, nerviosa, com sempre que et toca ser el centre d'atenció
Has fixat els ulls en un punt imprecís del menjador
Un segon, dos segons, tres segons, quatre I cinc
Els teus ulls cavalcaven buscant un desig
Les espelmes cremaven I alguns dels amics
T'enfocaven amb càmeres de retratar
Una veu comentava: ai, que guapa està
I jo, en el fons, m'acabava el culet de la copa decidit
A trobar un raconet adequat per fer-me petit, petit
Del tamany d'una mosca, del tamany d'un mosquit
Per un cop empetitit, sota els tamborets
I la taula allargada pels dos cavallets
Fer-me pas amb prudència per un entramat
De sabates d'hivern, de confeti aixafat
I esprintar maleint la llargada dels meus nous passets
I amagar-me entre un tap de suro I la paret
Just a temps que no em mengi el collons de gatet
I escalar les sanefes del teu vestit
I falcar el peu esquerre en un descosit
I arribar-te a l'espatlla I seure en un botó
I agafar un pelet d'aire I, amb un saltiró
Enganxar-te un cabell I impulsar-me en un últim salt final
I accedir al teu desig travessant la paret del llagrimal
Ara un peu! Ara un braç! Ara el tors! Ara el cap!
I ja dins del desig veure si hi ha bon ambient
Repartir unes targetes, ser amable amb la gent
I amb maneres de jove discret I educat
Presentar els meus respectes a l'autoritat
Escoltar amb atenció batalletes curioses als més vells
Fer-me fotos gracioses amb altres il•lustres viatgers
I amb un home amb corbata que no sé qui és
I en el núvol de somnis que tens a l'abast
I entre d'altres que, ho sento, però ja mai viuràs
Detectar un caminet que m'allunyi del grup
O una ombreta tranquil•la on, desapercebut
Estirar-me una estona I, per fi, relaxar-me celebrant
El plaer indescriptible que és estar amb tu, avui que et fas gran
Mentre a fora de l'ull les espelmes es van apagant
AniversárioAs luzes se apagaram, trouxeram o bolo
Aplaudiam os pais, os tios e os amigos
Todos de uma vez, reunidos em um único grito
Faça um pedido, faça um pedido
E você, nervosa, como sempre que é o centro das atenções
Fixou os olhos em um ponto impreciso da sala de jantar
Um segundo, dois segundos, três segundos, quatro e cinco
Os teus olhos cavalgavam buscando um desejo
As velas queimavam e alguns amigos
Te focalizavam em câmeras fotográficas
Uma voz comentava: Ai, que linda está
E eu, no fundo, alcançava o final do meu copo decidido
A encontrar um canto adequado para fazer-me pequeno, pequeno
Do tamanho de uma mosca, do tamanho de um mosquito
Para que uma vez feito pequeno, sob os bancos
E a mesa alargada por dois cavaletes
Passar cuidadosamente por um emaranhado
De sapatos de inverno e confetes amassados
E acelerar maldizendo a largura dos meus novos passinhos
E esconder-me entre uma rolha de cortiça e a parede
A tempo para que não me coma o maldito gato
E escalar a borda do teu vestido
E apoiar meu pé esquerdo em um desfiado
E chegar no teu ombro e sentar em um botão
E tomar um pouco de ar, e com cum salto
Agarrar um cabelo e impulsar-me em um ultimo salto
E acessar seu desejo atravessando a parede do lacrimal
Agora um pé! Agora um braço! Agora o tronco! Agora a cabeça!
E já dentro do desejo ver se há um bom ambiente
Distribuir uns cartões, ser amável com as pessoas
E com maneira de jovem discreto e educado
Prestar meu respeito às autoridades
Escutar com atenção batalhas curiosas dos mais velhos
Fazer fotos engraçadas com outros ilustres viajantes
E com um homem de gravata que não sei quem é
E na nuvem de sonhos que tens ao alcance
E entre outros que, sinto muito, nunca viverão
Encontrar um caminhozinho que me leve para longe do grupo
Ou uma sombrinha tranquila onde, desapercebido
Me esticar um pouquinho e, por fim, relaxar celebrando
O prazer indescritível que é estar contigo, hoje, que você fica mais velha
Enquanto fora dos seus olhos as velas vão se apagando
Aplaudiam os pais, os tios e os amigos
Todos de uma vez, reunidos em um único grito
Faça um pedido, faça um pedido
E você, nervosa, como sempre que é o centro das atenções
Fixou os olhos em um ponto impreciso da sala de jantar
Um segundo, dois segundos, três segundos, quatro e cinco
Os teus olhos cavalgavam buscando um desejo
As velas queimavam e alguns amigos
Te focalizavam em câmeras fotográficas
Uma voz comentava: Ai, que linda está
E eu, no fundo, alcançava o final do meu copo decidido
A encontrar um canto adequado para fazer-me pequeno, pequeno
Do tamanho de uma mosca, do tamanho de um mosquito
Para que uma vez feito pequeno, sob os bancos
E a mesa alargada por dois cavaletes
Passar cuidadosamente por um emaranhado
De sapatos de inverno e confetes amassados
E acelerar maldizendo a largura dos meus novos passinhos
E esconder-me entre uma rolha de cortiça e a parede
A tempo para que não me coma o maldito gato
E escalar a borda do teu vestido
E apoiar meu pé esquerdo em um desfiado
E chegar no teu ombro e sentar em um botão
E tomar um pouco de ar, e com cum salto
Agarrar um cabelo e impulsar-me em um ultimo salto
E acessar seu desejo atravessando a parede do lacrimal
Agora um pé! Agora um braço! Agora o tronco! Agora a cabeça!
E já dentro do desejo ver se há um bom ambiente
Distribuir uns cartões, ser amável com as pessoas
E com maneira de jovem discreto e educado
Prestar meu respeito às autoridades
Escutar com atenção batalhas curiosas dos mais velhos
Fazer fotos engraçadas com outros ilustres viajantes
E com um homem de gravata que não sei quem é
E na nuvem de sonhos que tens ao alcance
E entre outros que, sinto muito, nunca viverão
Encontrar um caminhozinho que me leve para longe do grupo
Ou uma sombrinha tranquila onde, desapercebido
Me esticar um pouquinho e, por fim, relaxar celebrando
O prazer indescritível que é estar contigo, hoje, que você fica mais velha
Enquanto fora dos seus olhos as velas vão se apagando
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