Mano brown

Ruaterapia (part. rashid e max de castro)

Mano brown
Vim de onde aponta a bússola e o pulso me faz crer
Geral quer algo pra amar, mas quem tem peito pra assumir?
No impulso de não mais ser porque ter é o que há
Quem sou eu pra dizer, querer pá se
Aqui estou mais um dia, como ontem foi e amanhã vai ser
Cada qual com seus por quê
Os meus eu trago como ar nos pulmões
E a pior coisa a se fazer é esquecer suas razões
O choro e o riso são irmãos, andam de mãos dadas como o sol e a lua, flui
Essa hora e eu cheio de treta, tô precisando ver minha terapeuta, a rua
Fui!

Por isso eu corro demais
Pra voltar, pra te ver, pra poder te falar
Encontrar minha paz
Por isso eu corro demais
Pra sonhar, te querer, pra lutar por você
Vou buscar conhecer, te querer por querer
Por isso eu corro demais

É quando canções me alcançam como flechas
Ai eu saio num flash e que os bares não fecham
Vou cego pelos flash’s da fama, eu mato, eu morro
Corro demais, sigo conforme
Eu digo, inimigos dormem
Mas surdo, incapaz de ver, eles de tampax
Fios desencapados andam por aí lado a lado
Mas eu tenho um velho hábito gangster, o álibi antes, contatos
Mantenha o nome intacto, o lance
Negócios a parte irmão, simpático é sem chance
Amor, a rua é um jogo
É ferro, fogo, romance
Não faça, do chão não passa
Meu parça, inimigo é de graça
Vai veno, malandros que amam e sofrem
Por isso memo deixei meu coração em off
Sem rede, eu tô por nós, pelas verde
A sós nesse inverno
Quero que tudo mais vá pro inferno
Enfim e paparazzis vem e vão
Frases ferem em vão, qual?
Vejo as flores de um homem bom, amores que acabam mal

Enquanto eu corro pelos cantos e encantos da metrópole
Senhor, nos livre do mal, rogo-lhe
Sem amaciar que a capital é cilada
Tipo o mar, ilude que mata a sede mas a água é salgada
Só que a rua é sagrada e os fiéis tão na busca dos réis
Jah bless! E um descanso pros pés
Com um grito na garganta de mil decibéis
Se sentindo invisível a la senhor dos anéis
Cartéis, o asfalto tem perigos tais quais
Coleccionador de inimigos, jaz
A vida é um jazz, a deprê é uma foz
Excelência é um viés e a resistência ainda é noiz
Hoje livre dos nós, sem gloss, nosso brilho é próprio
Pra uns o holofote é pior que o ópio
Pinocchios seguem perdidos
Só que na rua valem mais os reais, nos dois sentidos

Por isso eu corro demais
Pra voltar, pra te ver, pra poder te falar
Encontrar minha paz
Por isso eu corro demais
Pra sonhar, te querer, pra lutar por você
Vou buscar conhecer, te querer por querer
Por isso eu corro demais

Por isso eu corro demais

Por isso eu corro demais
Pra voltar, pra te ver, pra poder te falar
Encontrar minha paz
Por isso eu corro demais
Pra sonhar, te querer, pra lutar por você
Vou buscar conhecer, te querer por querer
Por isso eu corro demais

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