Mano walter

A morte do vaqueiro

Mano walter
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar

Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão

Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi

Sacudido numa cova
Desprezado do senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor

Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
E-ei

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