Poema da quinta lua
Marcelo oliveira
Perdi teu rumo, que o breu do campo me cega
Por tantas noites no negror da lua nova
E o meu bagual, no escuro da quinta sova
Ainda se assusta do grilinho da macega
Há um véu de terra de um touro abrindo cova
E a lua nova neste poncho me carrega
Por tantas noites no negror da lua nova
E o meu bagual, no escuro da quinta sova
Ainda se assusta do grilinho da macega
Há um véu de terra de um touro abrindo cova
E a lua nova neste poncho me carrega
Na chama fria de um candeeiro de pavio
Ou fogo mixe de alguma lenha molhada
Acende o céu com meia argola quebrada
Uma crescente que o meu redomão já viu
Sigo pro poente, rumo à metade extraviada
Lua crescente, engarupada me seguiu
E logo veio a roseta grande de prata
Clareando a noite como quem procura o par
Na lua cheia vi o caminho de voltar
Pra te dizer da minha ausência em serenata
Batendo casco a quarta lua me alcança
Aponta o vulto da tua morada distante
A que faltava desenhou-se de minguante
Botou no céu outra metade da aliança
De potro manso, de luar e corredor
Atei a rédea preso na mirada tua
E neste olhar se acendeu a quinta lua
Por sete noites chamei-a lua de amor
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