Mestre e o mar
Márcia bandeira
Mestre o mar se revolta, as ondas nos dão pavor.
O céu se reveste de trevas não temos um salvador.
Não se te dá que morramos? podes assim dormir?
Se a cada momento nós vemos, sim prestes a submergir.
O céu se reveste de trevas não temos um salvador.
Não se te dá que morramos? podes assim dormir?
Se a cada momento nós vemos, sim prestes a submergir.
As ondas atendem ao meu mandar: sossegai!
Seja o encapelado mar,
A ira dos homens, o gênio do mar.
Tais águas não podem a nau tragar.
Que leva o senhor rei dos céus e mar.
Pois todos ouvem ao meu mandar: sossegai, sossegai!
Convosco estou para vos salvar: sim, sossegai!
Mestre na minha tristeza estou quase a sucumbir,
A dor que perturba minha alma, eu peço-te, vem banir.
Das ondas do mal que encobrem, quem me fará sair?
Pereço sem ti, ó meu mestre, vem logo, vem me acudir.
Mestre chegou a bonança, em paz eis o céu e mar.
O meu coração goza calma que não poderá findar.
Fica comigo, ó meu mestre, dono da terra e céu,
E assim chegarei bem seguro ao porto, destino meu.
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