Marquinhos satã

Calmaria e vendaval

Marquinhos satã
Amor é chama ardendo sem se ver
Punhal cravado sem doer
É o demo abraçado a deus
É a soberana majestade ajoelhada com humildade
Beijando o s pés de súditos plebeus
É um suícidio involuntário
É andar calado e solitário
Em meio à mais ruidosa multidão
É um não sei quê que sai de onde não sei
Vem não sei como ninguém sabe nem porquê
É uma lagoa em turbilhão
É um não sei quê que sai de onde não sei
Vem não sei como ninguém sabe nem porquê
É uma sublime confusão
Quem pode definir o amor
Eu não sei
Só sei que é algo assim misterioso
Um frasco de veneno
Um vinho embriagador
Bálsamo queimando a pele
Ácido matando a sede
É vendaval é calmaria
É tristeza é alegria
Assim é que eu entendo o amor
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