Mensageiro e mexicano

Nos braços da saudade

Mensageiro e mexicano
Mamãe eu estou voltando lá do sítio que era nosso
Eu queria estar contente sorrindo, mas não posso
Fui lá para matar uma saudade que eu tinha
Mas confesso Mamãe que agora é maior a saudade minha

Doeu meu peito ao passar na cabeceira
Já não tem mais a Palmeira e o pé de Jaracatiá
Já não existe o Cedro que meu Pai plantou
Até o carreador já mudaram de lugar
Mesmo assim fui descendo morro abaixo
Amparado pela os braços da saudade
Ah cada passo uma lágrima caía
Logo sumia com o calor do sol da tarde

Quantos momentos vieram na lembrança
Da minha infância que o tempo levou embora
Já mais pensei que um passado tão distante
Fosse motivo pra tanta saudade agora

Sentei na sombra da Mangueira lá na curva
Veio uma chuva inesperada e passageira
De lá eu via nossa casa abandonada
Já destelhada no meio da capoeira
Não pode ver a escolhinha amarela
Nem a capela que meu Pai construiu
Nossos vizinhos também foram pra cidade
Só a saudade do meu peito não saiu

Quantos momentos vieram na lembrança
Da minha infância que o tempo levou embora
Já mais pensei que um passado tão distante
Fosse motivo pra tanta saudade agora

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