Texto de abertura
Milton nascimento
Valei-me, profetas! Minas Gerais!
Terá existido em outra parte além do meu arbitrário pensamento?
Será que tudo que está ligado à consciência
Tocando de leve no real sem penetrá-lo
Está destinado ao fracasso e ao esquecimento?
Será que este meu retorno a Minas não é apenas a reconciliação com o intolerável?
Eu quis colocar a minha voz a serviço de Deus, isto é a serviço do homem
Eu tinha um projeto
Nascido do sangue, asfixiei-me no sangue
As terras fartas de Três Pontas conservam o meu rastro
Que restará na memória de meus amados
Nos quais co-habitam minha alma de criança e o caos dramático que me meti
Dessa mistura de esquinas e perturbações poéticas?
Fizeram de mim a voz de Minas, o cidadão do mundo
Depois... um atestado de óbito
Que restará na memória do meu povo?
A violência dos ternos, a traição dos fiéis, imprevidência dos sábios
E minha própria cegueira de adivinho? Não
Restará a vitória, o meu salto mortal para dentro de uma nova vida
Deixo na mão das pessoas honestas e na ferocidade dos críticos
Minha própria cronologia e a geografia exata do meu coração
Um lugar vivo de todos os contrários
Este show é um inventário baseado no meu imaginário pessoal
Que transforma minha obra numa declarada reconciliação com a vida
Este show expõe sem qualquer piedade
A minha verdadeira alma, perturbadora e desigual
Não tenho intenção cultural, estética ou didática
Ele foi concebido para meu benefício próprio
Com a intenção de louvar a Deus
E, neste ato, agradecer aos meus amigos e a vocês
Que sei não deixaram que eu, prematuramente
Me transformasse num pasto para os vermes
Terá existido em outra parte além do meu arbitrário pensamento?
Será que tudo que está ligado à consciência
Tocando de leve no real sem penetrá-lo
Está destinado ao fracasso e ao esquecimento?
Será que este meu retorno a Minas não é apenas a reconciliação com o intolerável?
Eu quis colocar a minha voz a serviço de Deus, isto é a serviço do homem
Eu tinha um projeto
Nascido do sangue, asfixiei-me no sangue
As terras fartas de Três Pontas conservam o meu rastro
Que restará na memória de meus amados
Nos quais co-habitam minha alma de criança e o caos dramático que me meti
Dessa mistura de esquinas e perturbações poéticas?
Fizeram de mim a voz de Minas, o cidadão do mundo
Depois... um atestado de óbito
Que restará na memória do meu povo?
A violência dos ternos, a traição dos fiéis, imprevidência dos sábios
E minha própria cegueira de adivinho? Não
Restará a vitória, o meu salto mortal para dentro de uma nova vida
Deixo na mão das pessoas honestas e na ferocidade dos críticos
Minha própria cronologia e a geografia exata do meu coração
Um lugar vivo de todos os contrários
Este show é um inventário baseado no meu imaginário pessoal
Que transforma minha obra numa declarada reconciliação com a vida
Este show expõe sem qualquer piedade
A minha verdadeira alma, perturbadora e desigual
Não tenho intenção cultural, estética ou didática
Ele foi concebido para meu benefício próprio
Com a intenção de louvar a Deus
E, neste ato, agradecer aos meus amigos e a vocês
Que sei não deixaram que eu, prematuramente
Me transformasse num pasto para os vermes
Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!