Moacyr luz

Mitos cariocas: lan

Moacyr luz
Portelense
Bom de Tango e coração circense
Arrebenta
Com a pimenta braba do nonsense

Um menino
Cujo defeito é não ser vascaíno
Doce avô
Que endurece com mulata em flor

Um canalha, da Italia
Milongueiro, brasileiro
Buzanfâ
É tema pro élan do Lan

Peixe-espada
Temperado numa feijoada
De virada
Não despreza o molho da rabada

Pesquisando
Sacou que toda moça tem seu mel
Bacharel
Pós-graduado dentro de um bordel

Vem quem pode, de bigode
Se der bode, com a patroa
Numa boa
É tema pro élan do Lan

No lápis dançam as irmãs Marinho
Tijolo e Nelson Cavaquinho
Narciso e Clementina de Jesus
Ze Ketty, Alcides e Padeirinho
Neide, Natal, Vilma e Neguinho
Elton Meideiros e Arlindinho Cruz

Das Orópa, rei de Copa
Pagodeiro, carioca
Do Amazonas e na Moca
Bota e soca na mococa
Não tem tôca, bom de boca
Pocahontas, ficam tontas
Vivem loucas, sentadas no tcham do Lan

Meu amigo, esse Samba
Jeito antigo, fiz pra um bamba
Tô contigo, boi mulamba
Choro as sete com tantã

Quase aurora, de Iansã
Sem bambam, vou-me embora
Por amanhã, no catamarã do Lan

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