Nalva aguiar

Joâo batista

Nalva aguiar
São quase dois mil anos de silencio e solidão
Na pia do batismo corre ainda o rio Jordão
João já foi poeta o grande amor de Salomé
Agora é feriado de fogueira e buscapé

Corre João, apanha seu violão
Enfrenta essa multidão
Não deixa ninguém morrer pagão
Deus do céu, o mundo é um carrossel
É inútil você parar
Se a vida não para de rodar

No meio da poeira desses séculos em vão
Ficou pelos caminhos a figura de João
E a sua voz ressoa nas imensas catedrais
Seu povo ainda espera as profecias imortais

Me diga qual o rio onde anda agora o pescador
Que um dia por você foi batizado de senhor
Que eu tenho mil pecados que não são originais
Amargas ilusões que não se apagam nunca mais

Corre João, apanha seu violão
Enfrenta essa multidão
Não deixa ninguém morrer pagão
Deus do céu, o mundo é um carrossel
É inútil você parar
Se a vida não para de rodar

João um certo dia foi jogado na prisão
Perdeu-se a liberdade mas o pensamento não
Retorna meu amigo vem mostrar aos fariseus
Na ponta do chicote a mão pesada do seu Deus

Corre João, apanha seu violão
Enfrenta essa multidão
Não deixa ninguém morrer pagão
Deus do céu, o mundo é um carrossel
É inútil você parar
Se a vida não para de rodar

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