Madrugadas de verão

Como era lindo despertar da minha terra
Com os passarinhos anunciando a madrugada
Cantando alegre la no meio da floresta
Faziam festa no romper da alvorada
O sabiá do galho do arvoredo
Tinha um segredo na cantiga apaixonada
Meu coração é como uima ave sem ninho
Sofre sozinho triste, alma amargurada

Hoje distante estou morrendo de saudade
Vivo a sonhar com as madrugadas de verão
A lua cheia iluminando a verde mata
Em serenata eu dedilhando o meu violão
Na janela da casinha onde eu morava
Quem eu amava dona do meu coração
Ela sorrindo vinha me ver na janela
Cantar pra ela minha mais linda canção

Cortaram as matas, minha alma foi embora
Nem a casinha que ela morou hoje existe
Os passarinhos já não cantam como antes
As madrugadas de verão ficaram tristes
Hoje estou, morando aqui na cidade
Só a saudade no meu peito ainda perssiste
Estou vivendo de recordações
Meu coração de saudade não resiste

O meu viver eu comparo ao sabiá
Cantando triste no galho do arvoredo
Pra sua amada que ele não sabe onde está
Não tem com quem dividir o seu segredo
Também não tem a mulher que mais amava
Nós se encontrava lá pertinho do rochedo
E amanhecia os dois trocando carinhos
Com os passarinhos a cantar demanhã cedo