Nenhum de nós

O espelho do cego

Nenhum de nós
O espelho de Luís se quebrou
Ele era cego
Nem sempre foi
Mas morreu assim Agenor na janela
Acenava um lenço branco
Dizia adeus
Pedia paz
O lenço branco
Na janela e
As palavras no ar
Até quando as pessoas
Serão sinceras sem querer
Pra depois Se desculpar
O jovem Kaixi na China
O orgulho coletivo
Diziam adeus
Pediam paz
O lenço branco
Na praça e
As palavras no ar
Até quando, tantos vão depender
De tão poucos que
Não querem enxergar
A carne humana em desespero
A fome, a cura, a compreensão
Até quando tantos que
Não querem
Enxergar
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