O evangelho da cruz

Estar sob a graça ou sob a lei

O evangelho da cruz
Dizei-me vós,
os que quereis estar sob a lei:
acaso, não ouvis a lei?
Gal 4.21

Não é incomum
que mesmo crentes
que desejam viver na graça
e que afirmem
que estão vivendo na graça,
sejam encontrados vivendo
sob a lei e não na graça.

Isto é resultante
de uma mentalidade legalista
ainda não renovada
e educada pela graça.

É possível se pensar
que devemos viver na graça
simplesmente
para guardar
os mandamentos da Lei,
quando na verdade,
viver na graça
é muito mais do que isto.

Por exemplo,
onde se encontra escrito
na Lei de Moisés
que os servos de Deus
devem crucificar o velho homem,
renunciar ao ego
e carregarem diariamente a sua cruz?

Não há tal registro
nos mandamentos
dados a Moisés,
mas são mandamentos
que foram dados por Cristo,
para aqueles que pretenderem
viver de fato na graça.

Onde na Lei, se ordena
o amor aos inimigos
e a completa renúncia
aos direitos naturais,
como por exemplo
oferecer a outra face
a quem nos fere?

Então, para não citarmos
outros mandamentos de Cristo,
já dá para constatar
que um viver na graça
é muito mais
do que cumprir
os mandamentos da Lei.

Deus nos salvou
para um relacionamento
de amor com Ele
e uns com os outros
no corpo de Cristo.

Para tanto é necessário
nascer de novo do Espírito,
ser transformado
progressivamente
pelo Espírito,
e se dedicar
à prática da Palavra de Deus
pelo exercício da vigilância
e da oração constantes,
no poder do mesmo Espírito.

Quando se vive
e se anda no Espírito Santo,
se cumpre o que Paulo
afirma em Gal 5.18:

Mas, se sois guiados pelo Espírito,
não estais sob a lei.

E por que isto?

Porque contra o fruto
do Espírito Santo
não há Lei,
como ele afirma em Gal 5.22,23.

De fato, nenhuma Lei,
nem mesmo a de Moisés,
pode condenar o crente
que tem tal fruto do Espírito.

Quando não se tem o Espírito Santo,
ou não se anda no Espírito,
o que prevalece
é a natureza terrena,
e então, quando alguém tenta
cumprir a Lei,
em tal condição,
por maior que seja
o seu esforço e sinceridade,
o que se terá
é o homem carnal
tentando viver
o que é espiritual.

E não há portanto,
qualquer proveito nisto
para se agradar a Deus.

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