O teatro mágico

O sol e a peneira

O teatro mágico
A conduta tá toda curiosa
Outro dia era um bando de sem causa
Causando caos por alguns centavos de réis
Invertendo os papéis

A repressão levou pra rua
Nosso tom, nossa amargura
E a justiça, onde vai?
D'onde vem? Quem a escreve?
É a favor de quem?

Querem tapar
O sol com a peneira
Querem tapar
O sol com a peneira
Querem calar a nossa maneira
De brincadeira
Aqui ninguém tá

A cocaína, o craque, a copa
A coca, a desocupação da oca
D'aldeia Maracanã!

Morre a juventude à luz do dia
Já não dorme a periferia
A perícia constata:
É polícia quem mata também à revelia!

Querem tapar
O pó com a peneira
Querem tapar
O pó com a peneira
Querem calar nossa bandeira
De que maneira?
Sabe-se lá!

O preconceito eleito
A culpa imoral
A violência descabida
Orientação sexual
Falta de respeito
No púlpito, no pleito
Homofobia, quem diria!
Amplificada pela ma-fé!
Homem, mulher
Somos todos bichos
Nichos de mercado
Datados!
Dotados de amor e querência
Por isso não esqueça:
Onde sobra intolerância, falta inteligência!

Querem tapar
O sol com a peneira
Querem tapar
O sol com a peneira
Querem calar a nossa maneira
De brincadeira
Aqui ninguém tá!

Querem tapar
O sol com a peneira
Querem tapar
O sol com a peneira
Querem calar nossa maneira
De brincadeira
Aqui ninguém tá!

De brincadeira aqui ninguém tá
De brincadeira aqui ninguém tá
De brincadeira aqui ninguém tá

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