Paulinho tapajós

A velha porta

Paulinho tapajós
Um dia aberto no meio
De um certo céu de receio
O verso em volta me veio
A veste verde dos campos
A cela o cinto o aceno
O sol sangrando em luz
Vim ver-te ver de verdade
Verter meu vinho saudade
Que hoje se fez metade
Resto ficou no caminho
Foi minha vela meu vinho
O sol sangrando em luz
Sigo a sorte sigo ao lado
O meu lenço encarnado
Eu lanço ao vento e vou
Eu vou
O sol já se desfaz
Qual trem atrasa atrás
E eu sigo em meu chegar
Eu vou chegando
Avisto ao longe
A velha porta ya ya do abrigar
Eu vou chegando
Amiga amada
Minha morada Yá, Yá
Meu chão meu lar
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