Pavilhão 9

Manos errados

Pavilhão 9
Agora consciente
vamos te falar
E explicar o porque
da situação
E pode ser que você não
esteja ciente
Mas de repente, em
sua frente o mano cai
Um corpo perfurado
de bala de oitão
Qual será a
sua reação
Trabuco na mão
Um baseado,
manos errados
Ele estava incrispado?
Sem saber que estava
próximo do fim
Continuava de embalo
daqueles otários
Que pelo contrário
não estavam nem aí

Parados, assaltos à
mão armadas
Baladas na madrugada
A cabreragem rondava
sua mente
Ele pressente, sente medo
da morte
Fortes argumentos mas no
momento da fissura
Ele sentava ao vento, fazia
loucuras
Para sua sepultura se
encaminha

Manos errados

Horas dias tempos
se passavam

Suas dívidas aumentavam
E suas pilantragens
continuavam
Aquelas baladas pesadas
se multiplicavam
Com o tempo ficou conhecido
Por todo mundo como
pilantra, safado
Piolho de vagabundo
Com o corpo fechado
para o seu lado
Foi enquadrado, roubou, não
segurou e cagüetou

Manos errados

Estava fudido sem
destino perseguido
Fugido, detido, aos
fatos ocorridos
E o local escolhido para
o crime perfeito
Obscura rua
Um opalão preto, quatro
sujeitos suspeitos
encapuzados, montados
em calibres pesados
Parou, olhou, sentiu que
a casa caiu
Se ouviu tiros disparados

Manos errados

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