Luar do sertão
Pe. fábio de meloLá na serra branquejando folhas
Secas pelo chão
Esse luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar do meu sertão
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
Se a Lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um Sol de prata
Prateando a solidão
E a gente pega na viola que ponteia
E a canção e a Lua cheia
A nos nascer no coração
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
Ah, quem me dera
Eu morresse lá na serra
Abraçado a minha terra
E dormindo de uma vez
Ser enterrado numa grota pequenina
Onde a tarde a sururina
Chora a sua viuvez
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
Coisa mais bela neste mundo não existe
Do que ouvir um galo triste
No sertão se faz luar
Parece até que alma da Lua
É que diz, canta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó, não
Luar como esse do sertão
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