Viola e vinho velho
Pe. fábio de melo
Quem tem viola não carece de transporte
Se for pra mode ir-se embora dos sertões
Mundão afora ele desce de carona
Dos sonhos sob a lona o requinte faz canções
Se por ventura lhe oferece a boa sorte
O passaporte para além dos rumos seus
Vai sem demora, dorme hoje sob a ponte
E aos longes do horizonte a manhã se prometeu
Viola acha graça se o dono se apaixona
Mas assim que ele sara ela estranha e semitona
Deitado agora em um quarto de hotel
Sem ter mais céu pra lhe servir de cobertor
Um vinho velho lhe conforta o calafrio
E a canção sai no feitio de um poeta fingidor
Saudade é o diploma de quem tem boca e foi a Roma
Tristeza é mula brava, corcoveia mas se doma
Se for pra mode ir-se embora dos sertões
Mundão afora ele desce de carona
Dos sonhos sob a lona o requinte faz canções
Se por ventura lhe oferece a boa sorte
O passaporte para além dos rumos seus
Vai sem demora, dorme hoje sob a ponte
E aos longes do horizonte a manhã se prometeu
Viola acha graça se o dono se apaixona
Mas assim que ele sara ela estranha e semitona
Deitado agora em um quarto de hotel
Sem ter mais céu pra lhe servir de cobertor
Um vinho velho lhe conforta o calafrio
E a canção sai no feitio de um poeta fingidor
Saudade é o diploma de quem tem boca e foi a Roma
Tristeza é mula brava, corcoveia mas se doma
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