Pedro abrunhosa

Já morremos mil vezes

Pedro abrunhosa
Vem,
Traz-me o princípio do teu chão,
Voar amores de perdição.
Eu
Vivo na margem dos teus dias,
Levo-te a noite e a fantasia.

Nós
Já morremos mil vezes,
Balançámos sem rede,
Nunca mudámos de pele.
Nós
Temos mais de mil anos,
Somos o certo e os enganos,
Nunca bebemos do mal.

Juntos
Fizemos a estrada,
Provámos do nada,
Caímos de pé.
Vivemos
Das luzes da rua,
Num raio de lua,
Disseste que
'Amar
É dar sem nunca prender'.

Vem,
Traz-me as histórias do teu corpo,
Amarra o cais contra o meu porto,
Eu
Sou um farol de fim de tarde,
Ardo num fogo de metade.

Nós
Já morremos mil vezes,
Balançámos sem rede,
Nunca mudámos de pele.
Nós
Temos mais de mil anos,
Somos o certo e os enganos,
Nunca bebemos do mal.

Juntos
Fizemos a estrada,
Provámos do nada
Caímos de pé.
Vivemos
Das luzes da rua,
Num raio de lua,
Disseste que
'Amar
É dar sem nunca prender'.
'Amar
É dar sem nunca prender'.

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